O meu amigo @cesar_jcr fez uma resenha do Shotgun Diaries semana passada para este humilde blog (clique aqui), mas você já parou pensar que este sistema deste rpg serve para jogar outros tipos de campanhas? O sistema de Shotgun Diaries (SD) é bem genérico. Pelo menos eu penso assim.
Basicamente o sistema do SD é baseado em arquétipos, por ter sido desenvolvido desta forma ele possui uma certa liberdade para adaptações. Praticamente qualquer ambientação em que o mestre consiga mapear arquétipos o sistema se encaixa. E existem certas ambientações que não precisam nem mudar os arquétipos do sistema.
Só é preciso mudar o antagonista. |
Já pensou em jogar algo assim com o SD? |
Por exemplo, a série Falling Skies ou o livro A Guerra dos Mundos, temos uma situação em que o sistema se encaixa perfeitamente. Você não precisa trocar nada a não ser o antagonista da história, ao invés de zumbis teríamos aliens. E se for extrapolar mais ainda, você poderia jogar no melhor clima Aliens: O Resgate, ou Tropas Estelares. Apesar de ter o 3:16 que foi feito para isso. Mas o que importa aqui é que o sistema do SD serve muito bem também.
Agora vou mais além, você pode utilizar o sistema para jogar em qualquer situação de sítio, em que os heróis estejam cercados. Por exemplo, um grupo de soldados aliados cercados pelo exército nazista, ou uma tribo de índios cercada por colonizadores, ou um grupo de mafiosos cercados pela polícia, o que a imaginação mandar. E isso sem alterar os arquétipos, apenas modificando os nomes de alguns deles.
Mapeando Arquétipos
Falei rapidamente sobre alguns temas para sessões utilizando o SD em que o mestre não precisa nem alterar os arquétipos, agora vou dar exemplos de temas para sessões que podemos adaptar rapidamente para o SD.
Imagine um cara desses na sua sessão de SD. |
O tema mais clássico para mesas de rpgs, a fantasia clássica cai como uma luva no sistema do SD. Pense bem, temos o Mago, o Guerreiro, o Ladino, o Clérigo, o Paladino, o Ranger, e o que mais você quiser e seu mundo de fantasia permitir. Com os arquétipos mapeados precisamos apenas definir onde cada um deles pode atuar. Por exemplo (vale salientar que eu vou usar os termos do livro original traduzidos por mim, visto que não estou com o SD nacional que o meu amigo comprou), o Sobrevivente Perigoso cai bem como o Guerreiro, a descrição e as habilidades são praticamente as mesmas.
Já com o arquétipo Mago precisamos de uma descrição diferente das já existentes no jogo, porém veja que não é difícil definir o escopo em que este personagem irá atuar.
Com um pouco de criatividade você pode adaptar até o tema de super heróis para jogar usando o SD. Basta pegar os arquétipos do Mutantes & Malfeitores e elaborar descrições para eles.
O Diário e a rotatividade dos personagens
Algumas pessoas podem dizer que as principais dificuldades em utilizar o SD seriam coisas como o diário e a alta mortalidade do sistema que faz com que os personagens tenha vida muito curta e precisem ser substituídos constantemente.
Bem, quanto ao primeiro ponto, o diário, não precisa ser necessariamente a mesma coisa para toda ambientação. Se eu não me engano a regra diz que o diário possui duas funções, diminuir os pontos de medo e conceder bônus para os personagens. O mestre pode muito bem trocar o diário por uma conversa em volta da fogueira para uma ambientação de fantasia clássica por exemplo.
Quanto a alta mortalidade dos personagens, bem depende do tipo de aventura, se os personagens estiverem numa guerra ou em alguma situação em que exista a possibilidade de haver alta rotatividade de personagens, vocês não precisa se preocupar. Caso contrário, creio que uma pequena adaptação resolveria este problema.
Concluindo
Como podem ver, o sistema é bem maleável. O SD serve tanto para vários tipos de campanhas quanto o D20. Da mesma forma que um precisa de algumas adaptações, o outro também. Também penso que o SD sirva para rolar boas campanhas e não apenas aventuras isoladas. Depende apenas da criatividade do grupo.
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