Pois é pessoas, o blog está de volta. E nada melhor para a volta do blog do que falar sobre a volta do que eu considero um clássico dos quadrinhos brasileiros. Combo Rangers!!! Eles voltaram com a ajuda de uma baita Genkidama formada pelos fãs a pedido do saiyajin brasileiro, Fábio Yabu. Ou seria o yabujin, já que ele veio do planeta Yabusei?
Bem, acho que não preciso me deter nos detalhes sobre a volta do quadrinho. Clique aqui para saber toda a história. Também não vou fazer uma postagem tão longa porque estou querendo fazer resenhas mais curtas e concisas, você pode encontrar facilmente resenhas maiores em diversos sites que falam sobre quadrinhos.
Enfim, vamos começar a falar de Combo Rangers - Somos Heróis.
Não lembro onde que li, ou assisti, uma entrevista com Dave Gibbons sobre Watchmen. Lembro que o entrevistador perguntou o motivo dele e Alan Moore terem feito Watchmen tão realista, sombrio e violento. Gibbons disse que essa decisão foi tomada porque não existia nada assim naquela época sendo publicada no mercado. Ele disse até que se fosse o inverso, ou seja, se Watchmen fosse escrita hoje, provavelmente ela teria um clima mais leve, não tão realista ou violento. E porque estou falando de Watchmen, Dave Gibbons e Alan Moore numa resenha sobre Combo Rangers?
Bem, o motivo é: uma frase escrita pelo Yabu no prefácio da edição que marca o retorno dos Combo Rangers. Ele diz algo mais ou menos assim:
"Não precisamos apenas de heróis cínicos, violentos e sisudos. Também precisamos de heróis que nos façam rir, lembrar da nossa infância e deixar rolar uma lágrima de vez em quando."
Combo Rangers me fez voltar no tempo, como quando acessava o site (que está de volta também com as primeiras estórias do grupo, clique aqui) com minha conexão de internet discada para ler os quadrinhos em flash. Me levou também para o tempo em que comprava as revistas por menos de 2 reais, e criava minhas próprias estórias com um Combo Ranger inventado por mim. E como era boa esta época.
Revisitar este mundo foi uma experiência incrível, rever tantos personagens como o General Monte, Melissa Melon, Deck, etc., foi nostálgico. Mas não se engane, não pense que o que estou falando aqui é fruto de uma nostalgia descerebrada. Muito pelo contrário. Yabu recriou o seu universo de uma maneira muito interessante, bem amarrada e bem feita, colocou os personagens numa situação bem diferente da anterior e o roteiro consegue deixar o leito curioso quanto ao que aconteceu com a realidade anterior e qual sua relação a atual.
O roteiro é bem feito, a estória é divertida e totalmente coerente com o clima das aventuras anteriores. A arte do Michael Borges é de deixar o leitor babando. O material em que a hq é produzida é de excelente qualidade. E a colorização é muito bem feita. Para finalizar só basta dizer que valeu cada centavo investido no financiamento coletivo. Fiquei muito feliz de ter meu nome lá entre os colaboradores.
E por último coloco Fábio Yabu e os Combo Rangers no time de autores/obras que, como a Turma da Mônica, quadrinhos Disney, Bill Watterson, Jim Davis, Akira Toriyama, Eiichiro Oda e tantos outros, nos apresentam heróis incríveis, simples, divertidos e cativantes. Agora é esperar pelos próximos volumes e torcer para que vez ou outra possamos ver estes heróis em novas aventuras após esta minissérie.
p.s.: a hq tem várias referências a ícones da cultura pop (ou nerd), bem como a elementos da infância/adolescência dos brasileiros. A exemplo da Rede Manchete, o filme Machete, o over 9000 do Nappa de Dragon Ball Z, etc. No twitter o próprio autor disse que não se lembra de todas as referências que colocou no quadrinho. Portanto, Catch Them All!!!
1 comentários:
Uau, que resenha bacana, Bob. Muito obrigado, pelo apoio e por revisitar meus sonhos. Abraços!
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