Estou motivado para escrever postagens essa semana sobre Street Fighter. Recentemente joguei o Street Fighter IV, a versão para computador, e foi um momento nostálgico. Encontrar todos aqueles personagens da minha infância novamente e poder jogar um bom game de luta com todos eles, foi muito bom!
Eu sempre gostei dos games da série Street Fighter, meu primeiro contato com ela foi com o saudoso Super Street Fighter II para o Super Nintendo. Eu gostei demais do game. Desde essa época eu venho acompanhando, do jeito que posso, a série. Tanto nos games quanto nos quadrinhos, nas animações para televisão e para o cinema.
Convenhamos, nos quadrinhos, televisão ou cinema, a série nunca foi tão longe quanto os fãs gostariam. Isso merece uma postagem, mas por enquanto vamos falar da tentativa mais bem sucedida desta série de games nos quadrinhos.
Street Fighter em quadrinhos! |
Street Fighter, foi uma série em quadrinhos regular de quadrinhos lançada pela Image Comics em 2003. A série foi produzida pelos Estúdios Udon. E não pense que foi um trabalho mal feito, grandes nomes trabalharam nessa série, o Joe Madureira que estava afastado dos quadrinhos fazia tempo topou participar desta iniciativa.
Eu li a primeira série, um arco de histórias baseado nos games da série Street Fighter Alpha. São 14 edições que foram publicadas bimensalmente de Agosto de 2003 até Fevereiro de 2005. A história, pelo que pude perceber, se passa após o Street Fighter Alpha 3. Mas passa por vários momentos marcantes para os personagens, como a luta entre Ryu e Sagat em que o segundo ganha a sicatriz que carrega até hoje.
Momento canônico da série |
Só por abordar pontos históricos da série, esses quadrinhos seriam bem legais, mas não é só isso. A arte é muito boa. O traço respeita tudo o que conhecemos dos games, a paleta de cores é bem utilizada, e nos momentos marcantes (como o que citei no parágrafo anterior) a arte é mais trabalhada, principalmente nas texturas.
Quanto a história, ela é bem simples. Não foge do que conhecemos das animações, Ryu o andarilho que agora tentar fugir do Hadou Negro (o lado negro da força), Ken (futuro pai de família) pretende ter uma revanche contra Ryu, Chun Li e Guile (e todos os membros que são parte da Interpol) estão atrás de Bison, etc.
Interessante também é que eles conseguem encaixar todo mundo na história sem deixar ninguém apagado, todo mundo tem seus minutos de fama. Evidentemente que os personagens mais famosos são o foco da história, mas não é sobre eles que ficamos lendo 90% do tempo. Os diálogos também não se resumem a nomes de golpes, lógico que nas batalhas alguns personagens ficam caladões enquanto a ação acontece, existem momentos de reflexão que mostram que o personagem tem outras preocupações fora lutar.
Guile, por exemplo, se preocupa com sua irmã e sobrinho, a esposa de Ken, pelo fato do seu cunhado estar se arriscando indo atrás de lutas pelo mundo, fora as preocupações com o Nash depois que ele é capturado pelo Bison.
Ken e sua senhora encontram com Vega. |
É tudo bem clássico e por isso que é legal. Mostra que o mundo de Street Fighter não é nada bobo. Pode ser simples, mas não é bobo. Você vê tudo aquilo que só tinha lido nas revistas, internet, ou visto nos games, ganhando vida nos quadrinhos. Pode ser que não encontre nenhuma surpresa, mas é legal ver tudo isso numa história em quadrinhos.
Diz que alguém é bobo aqui para ver só o que você ganha! |
E para minha surpresa eu descubro, durante a pesquisa para esta postagem, que a Udon ainda publica Street Fighter lá fora. Em 2009, por exemplo, ela lançou uma série de 4 edições com uma história que se passa durante o game Street Fighter 4.
Capa do arco sobre Street Fighter IV |
E desde 2006 até o ano passado ela lançou a série Street Fighter Legends
com histórias dos personagens do game, como Chun Li e Sakura.
Chun Li e sua história solo. |
A lenda de Sakura? |
Muito provavelmente essas revistas não alcançam um grande público como as da Marvel ou da DC, e por isso não sejam tão conhecidas. Possa ser também que muita gente ache que quadrinhos tem que ser sempre algo como Moebius, ou como o que o Alan Moore produz, e que isso não é um história digna por não ter tanta profundidade assim.
Eu não tenho nada contra a opinião de ninguém, gosto tanto do Moebius quanto do Alan Moore, sou uma grande de histórias em quadrinhos, mas penso que nem sempre tudo precisa ser tão profundo assim. Muitas vezes é preciso apenas saber contar uma história divertida, e isso não é nenhum demérito.
Street Fighter cumpre o seu papel, ela traz para a publicação o universo do game com toda sua diversão. Eu adorei, e achei uma bela idéia a da Udon de adiquirir os direitos de publicação e trabalhar tão bem em cima dela, levando os personagens a sério e respeitando todos eles. Penso que qualquer fã da série irá gostar de ler essas revistas.
1 comentários:
Que legal... Fiquei curiosa para conhecer a HQ. Eu não sabia que já haviam lançado as histórias de Chun Li e Sakura, senão eu tinha comprado... mas também já faz um tempinho, né?
Será que essa nova HQ é realmente boa?
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