sábado, dezembro 04, 2010

Sistemas de RPG melhores que outros, isso existe?



Howdy?!

Pra quem não sabe, eu jogo RPG(se você não sabe o que é RPG, clique aqui). Comecei por volta de 2001, com uma adaptação de Megaman para 3D&T. O legal é que eu tinha a revista já fazia um bom tempo e não sabia para que servia, quando descobri, minha vida mudou.
Mudou e pra melhor. Antigamente eu desenhava muito, tinha o sonho de ter minha própria série em quadrinhos e comprava todo tipo de revista, desde que ela tivesse boas imagens de personagen que eu curtia, não importa se era revista de games, RPG, ou qualquer outra coisa.

Um belo dia eu comprei uma revista com o Megaman na capa e comecei a desenhar todos os personagens que estavam na revista. Eu passei um bom tempo sem nunca ler nada da revista, pra mim interessavam as imagens.

Um belo dia ouvi um pessoal do colégio falando sobre RPG, sobre Vampiros, Andróides, Cavaleiros Medievais, etc. Lembrei que já tinha visto esta sigla em algum lugar. Quando cheguei em casa fui procurar nas minhas revistas algo a respeito, e encontrei o que queria na revista do Megaman. Esse foi o primeiro contato.

Primeiro Contato com o RPG


Passei um bom tempo jogando o 3D&T, acompanhei as mudanças do sistema até o T3D&T, depois mudei para o D20 System, joguei Vampiro, e hoje em dia jogo qualquer coisa que tenha uma boa história. E no final das contas sabe qual foi o melhor sistema que joguei na vida?

Nenhum deles!!!

Sinceramente, eu nunca parei para julgar sistema nenhum. Pelo menos não como muita gente julga, dizendo pura e simplesmente:

- O sistema de Vampiro é infinitamente superior ao D20!! Você realmente interpreta a personagem nele.

Não existe sistema superior a outro. Existem sistemas que possuem objetivos diferentes.

Fazia tempo que queria fazer esse post, porque essa situação me irrita!! Aqui na minha cidade o pessoal desce o cacete em 3D&T, e chega a dizer que isso não chega a ser um RPG. O que eu acho um absurdo!!

RPG significa role-playing game (Jogo de Interpretação de Personagem), se você consegue em determinado sistema, por algumas horas fingir ser uma personagem de um mundo fictício, em que você detona as ameaças desse mundo, consegue XP no final, e depois sai explorando o mundo atrás de novos desafios, isso é RPG. Para ser RPG, não é necessário uma porrada de regras que simulam todas as situações do mundo real, e que te fazem interpretar tua personagem como se você estivesse representando Shakespeare para 300.000 pessoas.

Nada contra quem joga RPG e atua como se tivesse numa novela global. Se é divertido pro pessoal então façam assim.

O problema é que já ouvi falar que 3D&T não é RPG porque é absurdo demais, porque é simples, porque permite você fazer as combinações mais absurdas, etc.

Nessas horas eu lembro do seguinte: O foco do sistema é realmente esse!! Se o foco de 3D&T fosse outro, ele seria diferente.

3D&T é um sistema despretencioso, cujo um dos objetivos é ser um sistema genérico, e para apresentar este hobby para iniciantes, em que você possa jogar com seus personagens favoritos de animes, mangás, hqs, seriados, etc. No entanto o foco principal são os animes e mangás. Nele você tem jogos como Megaman, Street Fighter, Cavaleiros do Zodiaco, Mortal Kombat, Dragon Ball Z, Yu Yu Hakusho, e por aí vai.

Agora me responda uma coisa:

Algum desses animes/mangás é realista? Ele segue TODAS as leis da física do nosso mundo?

Se segue 3D&T tá errado. Se não segue, então quem acha que 3D&T deveria simular toda a física do nosso mundo é quem está errado.

Está errado porque está julgando um sistema por uma característica que o mesmo não possui, pois não se preocupa em ser realista, sua preocupação é simular as habilidades de personagens de, principalmente, animes e mangás.

Julgar sistemas desse forma é o mesmo que comparar o Paint (aplicativo do Windows voltados para desenho) com o Audacity (aplicativo do Windows voltado para edição de áudio).

Mas então, como julgar os sistemas?

Creio que primeiro precisamos de uma classificação. Sim, se os separamos por focos, podemos mais facilmente compará-los entre seus congêneres e decidir qual o melhor. Sem uma classificação vamos cair na besteira de comparar um Leão com um Tubarão para tentar saber quem é o melhor dos 2. Cada um destes animais se desenvolveu apropriadamente para um determinado ambiente. Os RPGs são concebidos desta forma, são desenvolvidos para servir melhor para um determinado tipo de jogo.

Quais são os tipos de sistema?

Pensei primeiramente em classificá-los por tema de jogo, por exemplo: Horror Gótico, Horror, Fantasia Clássica, etc. Mas também vi que não dava certo, pois o tema de jogo não necessariamente é definido pelo sistema, visto que os mestres podem utilizar os sistemas para jogar o que quiserem, como Street Fighter RPG, que é baseado no sistema de regras de Storyteller, (a mesma base de Vampiro, Lobisomen, etc.).

Depois pensei em fazer uma classificação por estilo de jogo, por exemplo: Sistemas com o Foco em Combate (D20 system, 3D&T), Sistemas com o Foco na Interpretação (Vampiro, Houses of the Blooded), Sistemas que Simulam a realidade (por enquanto só conheço GURPS).

No entanto durante essa semana li dois posts em outros blogs sobre RPG que deixaram essa classificação mais elegante e bem definida, o post do Shido Vicious no .20, e o post do Franciolli_rpg  no Paragons.

Classificação de sistemas a partir dos jogadores versão Ron Edwards


Este primeiro tipo de classificação foi uma tradução feita e apresentada pelo Franciolli_rpg no blog Paragons de um artigo de Ron Edwards, um RPG Game Designer, criador de sistemas como Sorcerer, Trollbabe e co-fundador do The Forge, um fórum de discussão de teorias de RPG.

De forma resumida, este artigo refuta a seguinte afirmação: “Não importa o sistema que seja usado. Um jogo é tão bom quanto as pessoas que o jogam, e qualquer sistema pode funcionar com os jogadores e mestres certos.

Ele é bem completo e interessante, apresenta argumentos que mostram que para cada sistema existe um tipo de jogo adequado. Não existe algo totalmente genérico que aborde todos os estilos de jogo (veja que estamos falando de estilos e não de temas de jogo, coisas completamente diferentes).

No entanto, vou apenas utilizar uma idéia desenvolvida nele, que sugere a classificação de jogadores de RPG e quais os sistemas mais adequados para esses mesmos jogadores. Segundo o artigo os jogadores podem ser classificados da seguinte maneira:
GAMISTA. Este jogador ficará satisfeito se o sistema incluir uma disputa na qual ele ou ela tem uma chance de vencer. Normalmente isso significa o personagem versus um oponente NPC, mas os gamistas também incluem o violador de sistemas e o jogador do tipo dominador. RPGs apropriados para gamistas incluem Rifts e Shadowrun.

NARRATIVISTA. Este jogador ficará satisfeito se uma sessão de RPG resultar em uma boa estória. RPGs para narrativistas incluem Over the Edge, Prince Valiant, The Whispering Vault e Everway.

SIMULACIONISTA. Este jogador ficará satisfeito se o sistema criar um pequeno universo factível. Simulacionistas incluem o subtipo bem conhecidos como realista. Bons jogos para simulacionistas incluem GURPS e Pendragon.

Esse tipo de classificação separa os sistemas de acordo com o tipo de jogador, classificando os diversos tipos de jogos indiretamente. É simples e eficiente.

No entanto segundo apresentado pelo Shido Vicious no .20, a teoria do Ron apesar de baseada em observações cabe alguns questionamentos, e pode ser considerado mais uma hipótese do que uma teoria, visto que não existe evidência experimental para qualificá-la como teoria.

Ele apresenta então, um classificação desenvolvida pela Wizards of the Coast, confirmada a partir de dados experimentais, numa pesquisa de mercado para entender o público jogador, que desconfirmam a hipótese do Ron.

Classificação de Sistemas a partir de jogadores versão Wizards of the Coast

Bem mais classificações do que você imaginava

Temos dois eixos. O vertical se refere a foco em combate — resolução de conflitos/desafios — e foco em história — o roleplay, interação com o fluff.O horizontal, por sua vez, se refere a foco tático — solução de situações/problemas imediatos — e foco estratégico — o long run.

O cruzamento destes eixos nos revela quatro tipos de jogadores, cujas descrições traduzo a seguir:
Thinker (Pensador): é um jogador que melhor aproveita o jogo quando este fornece Focos Estratégicos e de Combate. É o tipo de pessoa que possivelmente gosta de otimizar o personagem, empregando horas fora do jogo de modo a descobrir qualquer vantagem concebível no sistema para causar o maior dano atrás da máxima proteção, mesmo que o min-maxing produza resultados que parecem ilógicos/impossíveis. Este tipo de indivíduo quer resolver quebra-cabeças e pode administrar longas cadeias de fatos e pistas.

Power Gamer: é um jogador que prefere quando o jogo provê um Foco Tático/de Combate. Este tipo de pessoa possivelmente gosta de jogar com um personagem que tem um mínimo de personalidade (freqüentemente, este tipo de indivíduo joga com um personagem que é simplesmente um prolongamento do jogador). Este tipo de jogador gosta de experiências de jogo curtas e intensas. As conseqüências de uma ação falha são minimizadas para este jogador, que rolará um novo personagem e retornará à ação sem se importar muito com as implicações disto na história.

Ator (Character Actor): é o jogador que prefere um jogo que possibilite um Foco Tático/de História. Este tipo de pessoa possivelmente gosta da atuação teatral; usa voz, postura, acessórios, etc. para expressar as ações e diálogo do personagem. Este jogador construirá um personagem que faz escolhas sub-ótimas (de uma perspectiva externa) para ter certeza de que as ações do personagem são “corretas” dentro da perspectiva das motivações, ética e conhecimento do personagem.

O Contador de Histórias (Storyteller): é um jogador que prefere um jogo com Foco Estratégico/de História. Este tipo de pessoa encontra satisfação na progressão lógica da narrativa do cenário. Deve haver um começo, meio e fim. Os personagens devem se desenvolver com o tempo como resposta às suas experiências. Este jogador procurará por respostas não-mecânicas para inconsistências ou anacronismos na experiência de jogo.

Há um quinto tipo de jogador, que não expressa nenhuma preferência em nenhum dos eixos. Esta pessoa é o “RPGista básico”, que encontra satisfação em estratégia, tática, combate e história em equilíbrio.


A partir dos resultados da pesquisa da WotC, podemos concluir que os sistemas não importam. Mas quando essa pesquisa é analisada de modo mais minuncioso, vemos que esta conclusão está errada.

O gráfico foi desenvolvido como uma hipótese: Existem diferentes tipos de jogadores, e existem sistemas que se adequam a estes jogadores.

Foram feitas entrevistas a jogadores para saber qual(ais) o seu(s) tipo(s) de jogo(s) e sistema(s) favorito(s), para comprovar a hipótese elveando-a a teoria.

Os resultados foram analisados e a WotC além de encontrar uma distribuição de 22% de jogadores para cada grupo e 12% de jogadores do tipo básico, verificaram que existem tantos Power Gamers quanto Storytellers que gostam de Vampire, e tantos Thinkers quanto Character Actors que gostam de D&D.

Chegando a conclusão de que o sistema não importa, visto que os jogadores de diferentes grupos gostavam da mesma coisa. Mas o problema é que os jogadores entrevistados utilizavam sistemas com a mesma base de criação. Mesmo que você não concorde, D&D e Vampiro não são tão diferentes quanto se imagina, leia este artigo.

Existem sistemas que são de fato narrativos, e totalmente diferentes de Storyteller porque foram criados para este foco. Se tivessem entrevistados jogadores  que utilizam estes sistemas, criados especificamente para um dos focos mostrados no gráfico, os resultados poderiam ter sido diferentes.

Portanto a classificação do gráfico foi bem desenvolvida comprovando que existem jogadores que preferem diferentes tipos de jogos e que cada tipo de jogo agrada mais um tipo de jogador.

Finalizando

Creio que a segunda classificação é mais adequada para ser utilizada em jogadores e sistemas, ela foi bem construída e comprovada através de dados experimentais.

E todo este "blá,blá,blá" é para mostrar que não existe sistemas melhores que outros sistemas. E sim que existem sistemas focados em determinados tipos de jogo, e que o fato de gostar deste tipo, não significa que ele seja melhor do que os outros.

Portanto não precisa decorar toda essa classificação para continuar jogando RPG, nem para começar a jogar, apenas ter a consciência de que isso de fato existe e que na hora de apresentar para pessoas novas o hobby deixar bem claro essas diferenças e que ele pode se sentir mais confortável jogando determinado sistema. Isso também pode proporcionar mais diversão para o seu grupo ao identificar que tipo de jogadores são e aplicar os sistemas adequados.

Ao escolher um sistema mais adequado o mestre não precisa perder tempo adequando mecânicas para determinado estilo de jogo. Essas adaptações muitas vezes acabam travando o sistema, deixando-o pesado, e não contribuindo para alcançar o objetivo esperado.  Fora enventuais desequilíbrios que podem ocorrer com tantas house rules.

Espero que tenha trazido luz para a cabeça dos mestres e jogadores que lerão este post. Até a próxima.

11 comentários:

Andhora disse...

Wow! Mega-post! Em tamanho e qualidade. Concordo contigo. Acredito que o mestre deve escolher o sistema que melhor irá se adequar ao jogo...


Beijos moluscóides! ;**

césar/kimble disse...

" Mas o problema é que os jogadores entrevistados utilizavam sistemas com a mesma base de criação."

Só tem três problemas nesse raciocínio desenvolvido (dois que eu cheguei a apontar no post do Shido):
a) Não havia intenção na pesquisa da WotC, em 'provar' que sistemas não importam. Aquilo foi só pesquisa de mercado, algo que qualquer empresa grande faz de vez em quando, para verificar os interesses dos consumidores e produzir um produto que atenda isso;
b) Em nenhum ponto é afirmado que SOMENTE jogadores daqueles sistemas foram entrevistados. Sendo uma pesquisa de mercado feita de forma profissional e que a soma das porcentagens da presença dos sistemas na pesquisa supera 100%, é mais provável que os jogos que foram listados tenham sido só os mais citados;
c) A possibilidade de um jogador jogar o sistema A ou B que segue determinado modelo, não impede que ele já tenha jogado um sistema C com um modelo totalmente diferente. Então se alguém já jogou D&D ou Vampiro, isso não impede que ele tenha jogado "sistemas que são de fato narrativos".

Ou seja, não dá para dizer que a pesquisa é falha, considerando somente as informações disponíveis sobre ela.

Bob Mota disse...

Opa Kimble, é uma honra ter você aqui comentando no blog. Você é o mesmo Kimble do fórum da Jambô?
É sempre bom responder comentário!! Vamos lá!!

a) É bem verdade o que você falou. Eu disse que o objetivo da pesquisa era um, quando ela é uma pesquisa de mercado. Creio que tenha de fato exagerado. Vou até alterar isso. Muito obrigado por me ajudar.

b)Existe a possibilidade de ter acontecido isso mesmo que você falou. Mas analisando os dados no post do Shido pude perceber que pode ter acontecido outra coisa. Sabe a teoria dos conjuntos de matemática básica? Veja esta imagem: http://migre.me/2KhGt . A probabilidade passa os 100% pois estão incluídas alí as interseções. Por exemplo: dos 66% que jogam D&D muitas dessas pessoas estão em outros grupos também. Se excluídas as interseções, por exemplo destes 66%, apenas 35%, jogam APENAS D&D, e por aí vai. Em toda probabilidade 100% é o total e não tem como fugir disso.

c) Isso é verdade, não impede de modo algum, mas convenhamos também que existem jogadores que experimentaram diversos sistemas e no final só jogam 1 porque foi o que mais gostou, não dando mais atenção para outros sistemas.
Não sei fui claro, mas eu quis utilizar a pesquisa da WotC para mostrar que existem tanto sistemas quanto jogadores com objetivos diferentes. E que o fato de existir isso não faz um sistema melhor que o outro. E que se os jogadores possuem diferentes estilos de jogo que se adequam mais, os mestres ao perceber isso, poderia ao invés de perder tempo adaptando determinado sistema, poderia procurar um de acordo com a preferência de jogo do grupo. O que tornaria a vida do mestre mais fácil e a partida mais divertida.

E realmente a pesquisa não foi falha, percebendo que o objetivo dela não foi o que falei. Era pra eu ter dito as conclusões que poderíamos tirar desses resultados. Muito obrigado Kimble pelo comentário.

césar/kimble disse...

Sim, o que participa do fórum da Jambô :)
Uhum, entendi teu ponto de vista. E concordo com ele. Realmente, é mais fácil pegar algo que já satisfaça a necessidade.
E deixa eu dizer que gostei muita da tua atitude. Estou acostumado com gente que ao receber qualquer forma de crítica ou discordância, reage mal. Ver alguém disposto a prestar atenção na opinião dos outros, mesmo quando diverge da sua, é ótimo. Parabéns pela atitude.
Abraço e continua assim!

Bob Mota disse...

Opa!! Eu estou no fórum também, eu sou o Yusha Reiden.
Então, a respeito de críticas eu penso que se bem feitas e embasadas, como foi o caso.
Ela é construtiva e me ajudou a encontrar um erro no meu post e corrígi-lo.
Tem gente que critica para esculhambar o que se faz, mas não foi isso que aconteceu.
Você mostrou que meu post continha um erro e promoveu um boa discussão.
Vlw mesmo!! E quero tornar esse blog cada vez melhor com a ajuda
de críticas como a sua. Muito obrigado mesmo.

Cristiano Lagame disse...

Gostei, li de cabo a rabo, te mandei algumas considerações por e-mail, mas cabe dizer aqui uma coisa. Eu adoro regras, e adoro ler todas até entendê-las e decorá-las, gosto da mecânica criada pelos desenvolvedores desses sistemas, e quando jogo algum sistema, me proponho a entender essa mecânica e me divirto com isso, pois elas são as ferramentas criadas pelo autor para ajudar o mestre e jogadores a jogar em alguma ambientação, mas há regras e sistemas que já melhores escolhas para determinadas ambientações, já vi gente jogando em Ravenloft usando o sistema GURPS, já vi gente jogando uma ambientação criada para GURPS jogada com regras de M&M. Então depende muito de cada mestre, pois ele pode não se sentir a vontade com um sistema na ambientação que ele quer mestrar.

Cristiano Lagame disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Bob Mota disse...

Com toda certeza o mestre decide. O que defendo neste post é quanto menor o tempo
que o mestre perde adaptando, mais ele pode se preocupar com outros aspectos do jogo.
E que se ele quer mestrar determinado tipo de campanha, ele pode pegar um sistema
pronto para este tipo de campanha. Com um sistema pronto é bem melhor!!
Esse mestre que utilizou GURPS para mestrar Ravenloft, ele deve ter dedicado um bom
tempo adaptando as coisas. Não sou contra, e deve ter sido até bem divertido no final,
de todo jeito depende da pessoa. Mas que o sistema faz diferença na campanha, isso faz.

aristoteles disse...

oi galera. faz uns três anos que jogo rpg. sempre fico em duvida sobre qual o melhor sistema.
nos ultimos dias o pessoal da minha mesa estava muito afin de jogar digimon. gostaria de saber se existe algum sistema com os personagens já adaptados?
se não houver qual livro vocês me aconselham utilizar!?

valeu!

Bob Mota disse...

Opa Aristóteles, que bom ter você por aqui.
Olha só, na minha opinião, não existe O melhor sistema de todos. Existem aqueles que tem seu foco em determinado estilo de jogo. Por exemplo, D&D é voltado para o combate, já o FATE é voltado para interpretação. Um bom mestre pode fazer as devidas adaptações para que D&D se torne um pouco mais interpretativo, mas penso que seja uma perda de tempo se você pode procurar sistema que sejam voltados para a interpretação. Fazendo isso você não perde tempo adaptando as coisas e utiliza esse tempo para se concentrar na história em si.
Se você quer jogar Digimon eu recomendo o seguinte, pelo fato de ser um limite, 3D&T, Anime RPG, que usa o sitema da DAEMON ou Mecha & Manga que é uma adaptação do sistema de Mutantes e Malfeitores para se jogar animes ou mangás.
O manual do 3D&T alpha é disponibilizado para download gratuito pela própria editora Jambô. Anime RPG, não sei se vende ainda mas acho que você encontra algo a respeito no site da Editora Daemon. Já o Mecha & Manga não existe tradução para o português e só vende em lojas internacionais como a Amazon, que faz vendas internacionais, existe o boato que a Jambô vai traduzí-lo em breve.
Outra coisa que recomendo é que você leia a adaptação de Pokemon para 3D&T da edição 54 da Dragão Brasil. Como não se vende mais a revista, você pode encontrá-la em algum Sebo ou para download na internet. Apesar de não ser o mesmo anime, Pokemon é uma base para adaptações desse estilo de anime, treinamento de monstros para combate, então dar uma olhada nessa matéria vai te ajudar a adaptar isso inclusive para outros sistemas.
Espero ter ajudado.

Anônimo disse...

nirvana é muito doido!!!!!!!!!

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...